Mundo tem 232 milhões de migrantes internacionais, calcula ONU

21 de setembro de 2013

Mundo tem 232 milhões de migrantes internacionais, calcula ONU

O mundo tem hoje 232 milhões de migrantes internacionais (3,2% da população) e 59% deles vivem em regiões desenvolvidas, estima relatório da ONU lançado nesta quarta-feira (11). Nunca tantas pessoas moraram fora de seus países e a Ásia lidera o crescimento de migrantes internacionais. Foram 20 milhões entre 2000 e 2013, o que indica que o continente deve ultrapassar a Europa neste quesito num futuro próximo.

De acordo com o documento elaborado pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), mais de dois terços do crescimento de migrantes no continente ocorreu na Ásia Ocidental, passando de 19 para mais de 33 milhões, por causa da demanda por trabalhadores contratados nos países produtores de petróleo. O Sudeste asiático, que inclui economias em rápido crescimento como Cingapura, Malásia e Tailândia, também testemunhou um aumento acentuado no número de migrantes entre 2000 e 2013.

De 2000 a 2009, o número de migrantes globais aumentou cerca de 4,6 milhões por ano, mais que o dobro do aumento anual durante a década anterior, 2 milhões. Durante a primeira década do século 21, a Ásia registrou o maior aumento (1,7 milhão por ano), seguido pela Europa (1,3 milhão por ano) e América do Norte (1,1 milhão por ano). A Ásia também experimentou o maior aumento como região de origem: o número mundial de migrantes provenientes desse continente aumentou em 2,4 milhões por ano, seguido por América Latina e Caribe (1 milhão), África (0,6 milhão) e Europa (0,5 milhão).

De 2010 a 2013, o aumento no número de migrantes internacionais desacelerou para cerca de 3,6 milhões por ano. Durante esse período, a Europa ganhou o maior número (1,1 milhão por ano), seguido pela Ásia (1 milhão) e América do Norte (0,6 milhão). Na África, o número de migrantes registou um acréscimo anual de 0,5 milhão apesar de uma queda acentuada no número de refugiados.

Desde 2000, o número de refugiados em todo o mundo tem-se mantido relativamente estável, em cerca de 15,7 milhões. O percentual dos refugiados acolhidos por países em desenvolvimento, no entanto, aumentou de 80% há dez anos para mais de 87% em 2012.

O conflito na Síria deu origem a cerca de 1,5 milhão de refugiados registrados em julho de 2013. Segundo o estudo, a presença contínua de uma longa situação de refúgio é um lembrete de que a travessia das fronteiras internacionais não é opcional, mas sim a única alternativa viável para milhões de pessoas.

A crise econômica e financeira teve um forte impacto sobre o fluxo de cidadãos dos países mais afetados. De 2007 a 2011, a saída de pessoas da Grécia e da Espanha para outros países europeus e para países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mais do que dobrou, enquanto o número de cidadãos que deixam a Irlanda aumentou 80%.

O relatório também aborda os impactos dos migrantes nos países de destino e origem. Nos primeiros, o estudo afirma que os migrantes não provocam muitos impactos nos salários e empregos da população local. No entanto, podem reduzir os salários e oportunidades de emprego para trabalhadores locais pouco qualificados ou imigrantes que chegaram antes, também com menos qualificação.

O estudo chama atenção para a contribuição dos imigrantes como empresários, começando novos negócios, e nos campos de inovação e empreendedorismo, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O relatório observa a maior vinda de migrantes altamente qualificados, como professores, estudantes universitários, doutores e empresários. Este aumento tem consequências negativas para os países de origem, afetando a prestação de serviços básicos e recursos fiscais, além de reduzir o crescimento econômico em alguns contextos.

Pequenos países em desenvolvimento, com um número relativamente pequeno de profissionais, são particularmente afetados pela emigração de trabalhadores.

Entre as recomendações do documento estão a necessidade de ressaltar as contribuições dos migrantes e afirmação e proteção de seus direitos; a inclusão do tema nas estratégias de desenvolvimento nacional e na agenda de desenvolvimento pós-2015; além do fortalecimento do diálogo, da cooperação e coerência em todos os níveis.

A Assembleia Geral da ONU vai realizar, nos dias 3 e 4 de outubro, o Diálogo de Alto Nível sobre a Migração Internacional e Desenvolvimento em Nova York, Estados Unidos.
Em: http://miguelimigrante.blogspot.com.br/2013/09/mundo-tem-232-milhoes-de-migrantes.htmlMundo tem 232 milhões de migrantes internacionais, calcula ONU

O mundo tem hoje 232 milhões de migrantes internacionais (3,2% da população) e 59% deles vivem em regiões desenvolvidas, estima relatório da ONU lançado nesta quarta-feira (11). Nunca tantas pessoas moraram fora de seus países e a Ásia lidera o crescimento de migrantes internacionais. Foram 20 milhões entre 2000 e 2013, o que indica que o continente deve ultrapassar a Europa neste quesito num futuro próximo.

De acordo com o documento elaborado pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), mais de dois terços do crescimento de migrantes no continente ocorreu na Ásia Ocidental, passando de 19 para mais de 33 milhões, por causa da demanda por trabalhadores contratados nos países produtores de petróleo. O Sudeste asiático, que inclui economias em rápido crescimento como Cingapura, Malásia e Tailândia, também testemunhou um aumento acentuado no número de migrantes entre 2000 e 2013.

De 2000 a 2009, o número de migrantes globais aumentou cerca de 4,6 milhões por ano, mais que o dobro do aumento anual durante a década anterior, 2 milhões. Durante a primeira década do século 21, a Ásia registrou o maior aumento (1,7 milhão por ano), seguido pela Europa (1,3 milhão por ano) e América do Norte (1,1 milhão por ano). A Ásia também experimentou o maior aumento como região de origem: o número mundial de migrantes provenientes desse continente aumentou em 2,4 milhões por ano, seguido por América Latina e Caribe (1 milhão), África (0,6 milhão) e Europa (0,5 milhão).

De 2010 a 2013, o aumento no número de migrantes internacionais desacelerou para cerca de 3,6 milhões por ano. Durante esse período, a Europa ganhou o maior número (1,1 milhão por ano), seguido pela Ásia (1 milhão) e América do Norte (0,6 milhão). Na África, o número de migrantes registou um acréscimo anual de 0,5 milhão apesar de uma queda acentuada no número de refugiados.

Desde 2000, o número de refugiados em todo o mundo tem-se mantido relativamente estável, em cerca de 15,7 milhões. O percentual dos refugiados acolhidos por países em desenvolvimento, no entanto, aumentou de 80% há dez anos para mais de 87% em 2012.

O conflito na Síria deu origem a cerca de 1,5 milhão de refugiados registrados em julho de 2013. Segundo o estudo, a presença contínua de uma longa situação de refúgio é um lembrete de que a travessia das fronteiras internacionais não é opcional, mas sim a única alternativa viável para milhões de pessoas.

A crise econômica e financeira teve um forte impacto sobre o fluxo de cidadãos dos países mais afetados. De 2007 a 2011, a saída de pessoas da Grécia e da Espanha para outros países europeus e para países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mais do que dobrou, enquanto o número de cidadãos que deixam a Irlanda aumentou 80%.

O relatório também aborda os impactos dos migrantes nos países de destino e origem. Nos primeiros, o estudo afirma que os migrantes não provocam muitos impactos nos salários e empregos da população local. No entanto, podem reduzir os salários e oportunidades de emprego para trabalhadores locais pouco qualificados ou imigrantes que chegaram antes, também com menos qualificação.

O estudo chama atenção para a contribuição dos imigrantes como empresários, começando novos negócios, e nos campos de inovação e empreendedorismo, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O relatório observa a maior vinda de migrantes altamente qualificados, como professores, estudantes universitários, doutores e empresários. Este aumento tem consequências negativas para os países de origem, afetando a prestação de serviços básicos e recursos fiscais, além de reduzir o crescimento econômico em alguns contextos.

Pequenos países em desenvolvimento, com um número relativamente pequeno de profissionais, são particularmente afetados pela emigração de trabalhadores.

Entre as recomendações do documento estão a necessidade de ressaltar as contribuições dos migrantes e afirmação e proteção de seus direitos; a inclusão do tema nas estratégias de desenvolvimento nacional e na agenda de desenvolvimento pós-2015; além do fortalecimento do diálogo, da cooperação e coerência em todos os níveis.

A Assembleia Geral da ONU vai realizar, nos dias 3 e 4 de outubro, o Diálogo de Alto Nível sobre a Migração Internacional e Desenvolvimento em Nova York, Estados Unidos.
Em: http://miguelimigrante.blogspot.com.br/2013/09/mundo-tem-232-milhoes-de-migrantes.htmlMundo tem 232 milhões de migrantes internacionais, calcula ONU

O mundo tem hoje 232 milhões de migrantes internacionais (3,2% da população) e 59% deles vivem em regiões desenvolvidas, estima relatório da ONU lançado nesta quarta-feira (11). Nunca tantas pessoas moraram fora de seus países e a Ásia lidera o crescimento de migrantes internacionais. Foram 20 milhões entre 2000 e 2013, o que indica que o continente deve ultrapassar a Europa neste quesito num futuro próximo.

De acordo com o documento elaborado pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), mais de dois terços do crescimento de migrantes no continente ocorreu na Ásia Ocidental, passando de 19 para mais de 33 milhões, por causa da demanda por trabalhadores contratados nos países produtores de petróleo. O Sudeste asiático, que inclui economias em rápido crescimento como Cingapura, Malásia e Tailândia, também testemunhou um aumento acentuado no número de migrantes entre 2000 e 2013.

De 2000 a 2009, o número de migrantes globais aumentou cerca de 4,6 milhões por ano, mais que o dobro do aumento anual durante a década anterior, 2 milhões. Durante a primeira década do século 21, a Ásia registrou o maior aumento (1,7 milhão por ano), seguido pela Europa (1,3 milhão por ano) e América do Norte (1,1 milhão por ano). A Ásia também experimentou o maior aumento como região de origem: o número mundial de migrantes provenientes desse continente aumentou em 2,4 milhões por ano, seguido por América Latina e Caribe (1 milhão), África (0,6 milhão) e Europa (0,5 milhão).

De 2010 a 2013, o aumento no número de migrantes internacionais desacelerou para cerca de 3,6 milhões por ano. Durante esse período, a Europa ganhou o maior número (1,1 milhão por ano), seguido pela Ásia (1 milhão) e América do Norte (0,6 milhão). Na África, o número de migrantes registou um acréscimo anual de 0,5 milhão apesar de uma queda acentuada no número de refugiados.

Desde 2000, o número de refugiados em todo o mundo tem-se mantido relativamente estável, em cerca de 15,7 milhões. O percentual dos refugiados acolhidos por países em desenvolvimento, no entanto, aumentou de 80% há dez anos para mais de 87% em 2012.

O conflito na Síria deu origem a cerca de 1,5 milhão de refugiados registrados em julho de 2013. Segundo o estudo, a presença contínua de uma longa situação de refúgio é um lembrete de que a travessia das fronteiras internacionais não é opcional, mas sim a única alternativa viável para milhões de pessoas.

A crise econômica e financeira teve um forte impacto sobre o fluxo de cidadãos dos países mais afetados. De 2007 a 2011, a saída de pessoas da Grécia e da Espanha para outros países europeus e para países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mais do que dobrou, enquanto o número de cidadãos que deixam a Irlanda aumentou 80%.

O relatório também aborda os impactos dos migrantes nos países de destino e origem. Nos primeiros, o estudo afirma que os migrantes não provocam muitos impactos nos salários e empregos da população local. No entanto, podem reduzir os salários e oportunidades de emprego para trabalhadores locais pouco qualificados ou imigrantes que chegaram antes, também com menos qualificação.

O estudo chama atenção para a contribuição dos imigrantes como empresários, começando novos negócios, e nos campos de inovação e empreendedorismo, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O relatório observa a maior vinda de migrantes altamente qualificados, como professores, estudantes universitários, doutores e empresários. Este aumento tem consequências negativas para os países de origem, afetando a prestação de serviços básicos e recursos fiscais, além de reduzir o crescimento econômico em alguns contextos.

Pequenos países em desenvolvimento, com um número relativamente pequeno de profissionais, são particularmente afetados pela emigração de trabalhadores.

Entre as recomendações do documento estão a necessidade de ressaltar as contribuições dos migrantes e afirmação e proteção de seus direitos; a inclusão do tema nas estratégias de desenvolvimento nacional e na agenda de desenvolvimento pós-2015; além do fortalecimento do diálogo, da cooperação e coerência em todos os níveis.

A Assembleia Geral da ONU vai realizar, nos dias 3 e 4 de outubro, o Diálogo de Alto Nível sobre a Migração Internacional e Desenvolvimento em Nova York, Estados Unidos.
Em: http://miguelimigrante.blogspot.com.br/2013/09/mundo-tem-232-milhoes-de-migrantes.html