Riscos ergonômicos entre trabalhadores da Universidade Estadual da Paraíba – Por: Natalia Diniz e Maeli Gama
Na sociedade contemporânea o capitalismo e a tecnologia gerando população cada vez mais competitiva. Neste sentido, percebe-se, trabalho prolongado visando resultados pessoais e financeiros conduzindo a má qualidade de vida, em especial, ao estresse. Este, somado a outros fatores como excesso de trabalho e má postura, afeta o trabalhador, nos aspectos psicológicos, familiares e financeiros.
O estresse pode causar dificuldades para dormir por não conseguir parar de pensar nos problemas, queda de cabelo, cansaço demasiado devido a noites de sonos não suficientes, alergias, gastrite, úlceras e tensão muscular. Assim, devemos perceber que o sofrimento psicológico não ocorre distante do nosso corpo, emoções, sentimentos bons ou ruins, são visualizados por meio do nosso corpo. O estresse pode promover a baixa imunidade, deixando o corpo susceptível a invasores, além de sensações desagradáveis como dores de cabeça, mudança de apetite e tontura.
Acrescenta-se ao estressse a existência da má postura contribuindo para algumas doenças como : Tenossinovite , LER/DORT , dor nas costas e no pescoço, desvios posturais, como escoliose, hiperlordose e hipercifose, hérnia de disco e, Fadiga. Neste contexto, é importante saber encontrar equilíbrio entre trabalho e lazer, não descuidando dos aspetos sociais, mentais e familiares da sua vida, muitas horas de trabalho não é sinal de competência, verifica-se assim, o trabalhador compulsivo (Workaholic).
Workaholic, é uma expressão americana para pessoas que são viciadas em trabalho, sendo observado alguns efeitos desta como transtornos mentais como depressão, estresse e síndrome de burnout; dores em geral, doenças de pele, estresse e problemas respiratório.
O tema proposto foi escolhido por fazer parte das discussões, inquietações e intervenções do Núcleo de Educação em Saúde (NEAS) da Universidade Estadual da Paraíba e visa sensibilizar a comunidade acadêmica acerca dos Riscos Ergonômicos entre Trabalhadores da Universidade Estadual da Paraíba.
A intervenção é realizada por meio de metodologia ativa do tipo problematização. Como local de trabalho foi escolhido a Universidade Estadual da Paraíba, campus I, com público-alvo de Trabalhadores (Estudantes , Professores e técnico-administrativos) da Universidade Estadual da Paraíba, durante o período de 2017 a 2018.
No primeiro momento, realiza-se explanação acerca da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (PNSST), conceituação, tipos de riscos, em especial riscos ergonômicos com ênfase nos riscos posturais, excesso de trabalho e estresse. Em seguida, são realizados alongamentos, momento de descontração, fazendo-os refletirem acerca da importância de atividade física diária, melhorando também seu desempenho nas atividades do dia a dia.
Espera-se a percepção do alerta da comunidade universitária da problemática do excesso de trabalho, tornando-a protagonista na redução do estresse, aumento do equilíbrio emocional e amenizando os riscos posturais dos trabalhadores. Percebe-se a necessidade de amenizar o sedentarismo como fator de impacto para envelhecimento no futuro próximo. O envelhecimento não é sinônimo de doença, quando se há na juventude bons hábitos de cuidado com a saúde.
REFERÊNCIAS
“Estresse e Fatores Psicossociais”, Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pcp/v30n4/v30n4a04.pdf
“O Fenômeno workaholic na gestão de empresas” ,Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/rap/v40n2/v40n2a02.pdf
“Postura corporal – um problema que aflige os trabalhadores” Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572003000100010