CAPS ad: conhecer é ir além!
O artigo 1° da Lei 10.216/2001, os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtornos mentais devem ser efetivados sem qualquer forma de discriminação. Nesta perspectiva, entende-se que tratamento ofertado a estes pacientes, devem respeitar suas especificidades de raça, sexo, orientação sexual, dentre outros. Não havendo nenhuma forma de atritos frentes às características dos usuários, manifestação de preconceito e discriminação pode fornecer elementos para mudança no quadro, no tocante a aspectos negativos aos pacientes/usuários.
A política de saúde mental orientada pela lei 10.216/2001, e portarias relacionadas, discute o atendimento aos pacientes acometidos por transtornos mentais, com foco no tratamento humanizado. Respeita-se as particularidades dos usuários dos serviços, mantendo a ligação entre paciente, família e comunidade, ao mesmo tempo, o usuário recebe tratamento, mantendo vínculos com a vida social. Vale salientar que famílias também recebem suporte por partes das equipes de saúde, especificamente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
O Núcleo de Educação e Atenção em Saúde (NEAS/UEPB) desenvolve atividades junto à unidade do CAPS ad da cidade de Campina Grande, Paraíba. No ano de 2014, o NEAS desenvolveu oficinas na instituição, sempre respeitando os limites institucionais e as políticas de saúde preconizada na saúde mental. As oficinas desenvolvidas pelos estudantes dos cursos de Odontologia, Fisioterapia e Serviço Social da UEPB, foram formuladas considerando suas áreas de formação, sempre articulando teoria e prática, fazendo mediações entre conhecimentos acadêmicos e realidade institucional.
As oficinas abrangeram temáticas variadas: saúde bucal, formas de higienização desta cavidade, política de saúde e educação, cultura brasileira, participação política, trabalho e lazer. Algumas atividades assumiram viés prático, como exercícios físicos, orientação da postura. Todas estas atividades tiveram como foco, promover melhor qualidade de vida e exercício da cidadania.
As atividades foram marcadas por discussões interessantes sobre o tema, sempre respeitando limites e buscando novas possibilidades de interação. Em relação a equipe, foi uma experiência relevante na formação profissional, especificamente na forma de lidar com as diferenças, buscando se aproximar da realidade desses usuários e contribuir para melhor qualidade de vida dos mesmos.