Homem macho, é homem vivo! A prevenção é verdadeiramente um ato de coragem por Magnum Reis.

15 de novembro de 2014
Homem macho, é homem vivo! A prevenção é verdadeiramente um ato de coragem por Magnum Reis.

O homem, que historicamente sempre se sobressaiu em relação às mulheres em vários contextos, como o do  direito ao conhecimento e ao poder, assistiu, nas últimas décadas,  sua “posição”social o transformar em um grupo de grande vulnerabilidade no que se refere aos índices de morbi-mortalidade. E existe explicação para isso. Grande parte da população masculina ainda hoje considera a doença como sinônimo de fragilidade, e evita a procura por serviços de saúde, especialmente, os serviços da atenção primária à saúde. As justificativas relatadas são muitas: a burocracia; as longas filas; o horário do trabalho não permite; e a principal, o medo de uma possível incapacidade e o colapso financeiro de seus dependentes. O resultado dessa situação é que o custo com os serviços de saúde de alta complexidade, que poderiam ser evitados na prevenção, ou seja, na atenção básica, chegam a níveis muito altos, e sustentabilidade dos sistemas, sobretudo o público, de saúde é ameaçada.

As políticas públicas saudáveis brasileiras de um modo geral, costumam a atender as crianças, as mulheres e aos idosos, e vem ao longo da sua trajetória, negligenciando a parcela masculina do país. Hoje as mulheres estão mais intelectualizadas, inseridas de fato no mercado de trabalho, e procuram mais os serviços preventivos, diante disso a média de esperança de vida delas chega a 78 anos, 7 a mais que os homens.

Apesar do avanço do papel feminino na sociedade, o homem ainda é mais exposto a riscos à saúde. Relativamente os jovens e adultos (entre 20 e 59 anos). O número de óbitos por mortes violentas é 3 vezes maior entre os homens;  assim como 82% das mortes provocadas por acidentes de trânsito e 60% das provocadas por patologias de origem cardiovasculares.

Não é novidade que o homem tem uma carga biológica agressiva, o problema é que o comportamento agressivo é em muitos casos, a origem de fatos violentos, não raro, potencializado pelo abuso de álcool e outras drogas. Para se ter uma ideia do problema, de cada 100 presos no Brasil, 94 são do sexo masculino.

Dados oficiais apontam para 5 grupos, a carga de mortalidade da população masculina: As de causas externas (provocadas por transportes, autoprovocadas/suicídios ou agressões); disfuncionalidades do aparelho circulatório; neoplasias, em destaque para a próstata e pênis (que se descobertas e tratadas com antecedência o prognóstico é positivo); disfunções digestivas e problemas respiratórios.

Nós homens precisamos quebrar paradigmas arcaicos, que só trazem danos à nossa qualidade de vida. A prevenção com educação pode diminuir significativamente a carga mortal provocada pela exposição à fatores de riscos. Coisas simples como auto cuidado, higiene e bom senso podem salvar vidas. Afinal não é justo que ignorância abrevie a vida e impeça que “pratiquemos a sabedoria aprendida na juventude”, como diria Rousseau.

Magnum Sousa Ferreira dos Reis.

 

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